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A importância da maioria desses insetos está no fato de serem eficientes predadores principalmente de ácaros fitófagos, afídeos, cochonilhas, moscas-brancas e psilídios (Hemiptera) (Hodek & Honek 2009, Obrycki et al. 2009, Biddinger et al. 2009), alguns se alimentam de formigas (Hymenoptera) (Pope & Lawrence 1990, Samways et al. 1997, Majerus et al. 2007) e ocasionalmente de larvas de Chrysomelidae (Coleoptera) e de outros Coccinellidae. Alguns consomem fungos prejudiciais à várias plantas cultivadas e há espécies que apresentam hábito fitófago, sendo consideradas pragas de algumas culturas (Hagen 1962, Majerus et al. 1990, Booth et al. 1990, Culik et al. 2011). Dentre os membros da família o pequeno grupo de espécies fitófagas tem também importância econômica, pois são encontrados alimentando-se principalmente de plantas das famílias Cucurbitaceae e Solanaceae. Na região sul do Brasil são relativamente comuns espécies de Epilachna paenulata (Germar), E. spreta (Mulsant) e E. cacica (Guèrin) que usam como recurso alimentar folhas de espécies cultivadas em hortas como Cucurbita pepo (aboboreira), Sechium edule (chuchuzeiro) e de Cucumis sativus (pepineiro) (Araújo-Siqueira & Almeida 2004).

Os coccinelídeos são dentre os besouros (Coleoptera) os predadores mais importantes. Em geral são insetos pequenos, com 1-10 mm. Geralmente as fêmeas são maiores que os machos, possuem como primeiro par de asas os élitros, que cobrem a asa membranosa posterior e todo o abdome. As antenas são clavadas e pequenas, assim como as pernas, as quais se retraem quando o indivíduo é tocado. Muitas espécies exibem colorido brilhante, que é sinal de alerta aos predadores, indicando ter gosto desagradável ou serem tóxicas. Quando perturbadas, podem ainda liberar uma substância amarelada com odor forte, que funciona como deterrente aos predadores. Os coccinelídeos possuem metamorfose completa; as fêmeas depositam grupos de 10 a 50 ovos, geralmente alongados e amarelos, em plantas onde se encontram os afídeos, presas preferenciais das espécies predadoras ou em plantas que vão servir de alimento, no caso das espécies fitófagas. As larvas geralmente possuem quatro instares, medem 0,5-19 mm de comprimento. A coloração em geral é semelhante à dos adultos, e podem possuir espinhos ou escolos (projeção ramificada com espinhos) distribuídos pelo corpo. A larva emerge do ovo em uma a duas semanas. O ciclo larval se completa em aproximadamente duas semanas e em seguida a pré-pupa se transforma em pupa permanecendo por mais uma a duas semanas até a eclosão do adulto. O período de desenvolvimento está diretamente ligado à qualidade da dieta, assim como a temperatura. A pupa completa seu desenvolvimento presa às plantas onde viveram como larvas. O comportamento alimentar das larvas é semelhante ao dos adultos e por isso suas mandíbulas são em geral semelhantes.

Referências